No universo de Death Stranding, poucos personagens são tão complexos e emocionalmente impactantes quanto Mama (Målingen), interpretada por Margaret Qualley. E olha que a concorrência é enorme, com muitas histórias incríveis sendo desenroladas. Neste Dia das Mães e com a sequência do game bem perto, que tal refletir sobre sua influência na narrativa do jogo e considerar a possibilidade de seu retorno em Death Stranding 2?
Se você não jogou Death Stranding, primeiro: vá jogar. Segundo: obviamente, teremos spoilers a partir de agora.
Mama é uma das maiores cientistas da UCA, responsável por desenvolver grande parte da tecnologia utilizada por Sam Porter Bridges, incluindo equipamentos essenciais para a travessia de territórios perigosos. Junto com sua irmã gêmea, Lockne, ela co-criou a Rede Quiral, sendo Mama responsável pelo hardware e Lockne pelo software.
A trajetória de Mama é marcada por uma maternidade atípica e profundamente emocional. Após um ataque terrorista ao hospital onde estava prestes a dar à luz, Mama ficou presa sob os escombros por dias, sobrevivendo graças à chuva temporal. Durante esse período, sua filha nasceu como um BT, uma entidade do outro lado, permanecendo conectada a Mama por um cordão umbilical quiral.
Essa ligação a impedia de deixar o local, mantendo-a em um estado entre a vida e a morte. A personagem desempenha um papel crucial na narrativa, especialmente durante o Capítulo 5, cujo nome é justamente “Mama”. Esta parte do jogo mergulha profundamente em sua história pessoal e nas missões que envolvem sua trajetória.
Após alguns eventos emocionantes, Sam recebe a tarefa de transportar Mama de seu laboratório até Mountain Knot City. Durante essa jornada, o jogador enfrenta desafios como terrenos acidentados e a presença de BTs. Essa missão exige cautela, pois Mama é carregada nas costas de Sam, tornando-o mais vulnerável a desequilíbrios e ataques – inclusive passando por uma boss fight contra uma BT gigante.
Durante tudo isso, entendemos que a relação entre Mama e Lockne deteriorou-se após o incidente, com Mama isolando-se por vergonha e medo do julgamento da irmã. No entanto, a necessidade de reconectar a Rede Quiral levou Mama a buscar a reconciliação. Para concluir essa história, ela precisou cortar o cordão umbilical que a ligava à filha BT, um ato de sacrifício que resultou em sua morte definitiva.
O momento é um dos mais emocionantes do jogo, simbolizando a libertação e o amor incondicional de uma mãe. Após sua morte, a alma de Mama uniu-se à de Lockne, resultando em uma fusão espiritual que restaurou uma melhor conexão entre as irmãs. Essa união é simbolizada pela heterocromia nos olhos de Lockne, indicando a presença de Mama em seu corpo.
Juntas, elas continuam a trabalhar pela reconstrução do mundo, mantendo vivo o seu legado de amor e dedicação. E embora ela tenha falecido no primeiro jogo, essa fusão com Lockne e a natureza única deste universo incrível de Death Stranding abrem espaço para especulações sobre seu retorno. Em trailers recentes, inclusive, fãs notaram a presença de uma personagem com semelhanças visuais a Margaret Qualley. Será?
Feliz Dia das Mães, Mama!
Neste Dia das Mães, a personagem pode representar a complexidade do amor maternal em circunstâncias extraordinárias. Sua dedicação ao bebê, mesmo após a morte, e a busca por reconciliação com a irmã refletem bastante a profundidade dos laços familiares. A cientista personifica a força, a resiliência e a compaixão que muitas mães demonstram, mesmo diante de adversidades inimagináveis.
Em um mundo fragmentado, onde a conexão humana é vital, ela nos lembra da importância dos laços familiares e do poder do amor materno para transcender até mesmo as barreiras entre a vida e a morte. E como nem sempre, nas situações mais complicadas, é possível ser racional em uma relação tão intrínseca como a maternidade. E, claro, quanto uma mãe precisa sacrificar-se diariamente.