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Esporos da série de The Last of Us são diferentes do jogo

Como se o mundo de The Last of Us já não fosse assustador o suficiente, o quinto episódio da segunda temporada resolveu subir o nível da tensão com a chegada de um novo (velho conhecido dos gamers) perigo: os esporos. Sim, aquela forma silenciosa, invisível e absolutamente desesperadora de contaminação do vírus Cordyceps agora faz parte da série .

No jogo, os esporos sempre foram uma ameaça presente, exigindo o uso de máscaras de gás em áreas infestadas. Na série, no entanto, eles demoraram a dar as caras — em parte porque, como o showrunner Craig Mazin explicou na época da primeira temporada, seria difícil justificar um mundo onde todos não estivessem permanentemente mascarados, já que o vírus estaria por toda parte.

Mas eles encontraram um jeito de tornar essa ameaça ainda mais assustadora. E, claro, a partir daqui temos spoilers, então fique ligado.

O episódio começa com a comandante da WLF interpretada por Alanna Ubach questionando a sargento Park sobre a morte de seus próprios soldados. Park explica que enviou homens para o hospital — sob responsabilidade dela — após a descoberta de traços de Cordyceps no subsolo (nível B1). Mas algo estava errado: não havia infectados. Mesmo assim, ela mandou um novo grupo liderado por seu filho, Leon, para investigar o nível abaixo (B2).

Pouco depois, Leon se comunica dizendo que mal consegue respirar. Ela pergunta se ele foi mordido. E aí vem a resposta que muda tudo: “Está no ar”. A partir daí, o episódio mergulha fundo no horror.

Mais tarde, Ellie persegue Nora até o mesmo hospital e a encurrala em B2. Como é imune, Ellie anda tranquilamente pelo cenário grotesco: cordyceps crescem pelas paredes em forma de tentáculos pulsantes. Corpos estão presos à estrutura, imóveis, com esporos brotando dos rostos. A cada respiração, essas “estátuas vivas” expelem o vírus no ar.

Nora, exposta e sem proteção, começa a sucumbir lentamente enquanto Ellie a pressiona para revelar o paradeiro de Abby — numa cena de tensão e agonia que mostra Ellie cada vez mais distante da garota que conhecemos na primeira temporada. Contudo, isso é bem diferente do que vemos no game.

Mais uma diferença entre The Last of Us no videogame e na TV

Conforme bem destacado pelo Games Radar, no jogo, os esporos se espalham em locais escuros e úmidos após a morte de um infectado. O corpo é lentamente consumido pelo fungo, que então libera esporos no ar. Com o tempo, aquele cadáver vira um esqueleto coberto por uma camada de musgo fúngico que segue crescendo indefinidamente — a não ser que seja exposto à luz solar.

Na série, o processo parece ainda mais cruel: quem inala os esporos começa a morrer aos poucos, com o corpo sendo dominado por cogumelos e tentáculos que se conectam ao ambiente. O infectado vira um zumbi imóvel, colado ao cenário, liberando esporos a cada respiração até finalmente morrer – e o ciclo do fungo continua, infestando o ar ao redor.

Craig Mazin contou que a introdução dos esporos foi pensada com muito cuidado, justamente por conta da lógica do universo da série. Mas ao que tudo indica, eles vieram para ficar – e deixar o apocalipse de The Last of Us ainda mais claustrofóbico.

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