Campanha do novo jogo explica origem da Pax Armata e o destino de veteranos da franquia
A campanha de Battlefield 6 pegou os fãs de surpresa ao revelar conexões profundas com Battlefield 3, resgatando personagens clássicos e introduzindo a misteriosa Pax Armata. Apesar do foco habitual da série no modo multiplayer, a narrativa do novo título entrega reviravoltas e referências que vão além da nostalgia.
Mesmo sem exigir conhecimento prévio dos jogos antigos, quem acompanhou a franquia desde os tempos de Henry Blackburn vai reconhecer nomes, eventos e consequências que agora ganham um novo contexto — e peso dramático.
Como a campanha de Battlefield 6 resgata a trama de Battlefield 3
Battlefield 6 traz nove missões na campanha principal, colocando os jogadores frente a frente com a Pax Armata, uma força paramilitar de alta tecnologia que atua fora das leis internacionais, aproveitando-se do colapso da OTAN.
Logo nas primeiras missões, fica evidente que o grupo inimigo não surgiu do nada. Um ponto central da narrativa é mostrar como acontecimentos passados, principalmente os vistos em Battlefield 3, abriram caminho para a ascensão dessa organização.
Durante a missão “Noite de Ataque”, o veterano Haz Carter relembra um evento ocorrido anos antes, espelhando a missão “Turno da Noite” de Battlefield 3. Lá, acompanhamos Blackburn tentando capturar Faruk Al-Bashir, enquanto Carter e sua equipe enfrentavam sérias dificuldades em outra parte da operação.
Nesse cenário, surge Alexander Kincaid, então líder de uma unidade SAS. Após ser abandonado por Carter em uma retirada tática, Kincaid teria sobrevivido por conta própria — e, mais tarde, fundado a Pax Armata com um propósito bem diferente.
Pax Armata: vilã com raízes no passado da franquia
O surgimento da Pax Armata não apenas preenche lacunas do universo Battlefield, como também cria um elo narrativo entre quatro jogos da série. A campanha de Battlefield 6 sugere que Kincaid construiu a organização com base em ressentimentos e ideais extremos de autonomia militar.
A Pax não responde a governos e atua globalmente, com recursos de ponta e operações clandestinas. Como antagonista, ela simboliza o colapso do equilíbrio geopolítico visto nos jogos anteriores, sendo uma ameaça mais complexa e ideológica do que simples inimigos armados.
Blackburn e o elo com a Arkangel Corporation
Outro nome que reaparece indiretamente é o de Henry Blackburn, protagonista de Battlefield 3. Após uma dispensa desonrosa pelos eventos daquele jogo, o ex-soldado montou sua própria empresa militar privada e passou a atuar de forma independente.
Segundo trechos da campanha e menções em Battlefield 4, Blackburn oferecia serviços de segurança na Europa e teria desenvolvido armas para o exército russo. Mais adiante, seu nome é associado à Arkangel Corporation, uma das forças tecnológicas por trás dos eventos de Battlefield 2042.
Com isso, Battlefield 6 não apenas retoma o passado, mas constrói um universo interligado, indicando que o destino de personagens antigos ainda não foi totalmente selado.
O que esperar do futuro da franquia?
As referências cruzadas entre Battlefield 3, 4, 2042 e agora 6 sugerem um plano maior da desenvolvedora: unificar a linha do tempo da série, conectando narrativas e expandindo o lore.
Personagens como Kincaid e Carter ganham mais profundidade, enquanto o legado de Blackburn continua a ecoar em diferentes frentes. A Pax Armata, por sua vez, pode ser uma peça-chave nos próximos títulos — talvez até mesmo como protagonista de uma futura guerra global.


