Elenco sugere mudanças na dinâmica clássica dos personagens
A tão aguardada adaptação live-action de The Legend of Zelda finalmente revelou quem interpretará Link e a Princesa Zelda. Benjamin Ainsworth dará vida ao herói, enquanto Bo Bragason será a princesa. A escolha surpreendeu os fãs não apenas por apostar em nomes menos conhecidos, mas também por levantar debates sobre a relação entre os personagens no filme.
A diferença de idade entre os atores — 16 anos para Ainsworth e 21 para Bragason — indica que a produção pode evitar um romance direto entre Link e Zelda, optando por algo mais próximo do que se vê na maioria dos jogos da franquia: uma ligação profunda, mas não necessariamente amorosa.
Uma conexão que vai além do romance
Embora muitos jogadores casuais vejam Link e Zelda como um casal, a verdade é que o romance raramente é o foco nos jogos. Desde o primeiro título, lançado em 1986, até clássicos como Ocarina of Time e Wind Waker, a relação entre eles é ambígua, deixando ao jogador a liberdade de interpretar.
“Os espíritos de Link e Zelda estão interligados pelo destino, mas não necessariamente os corações”, reforça a tradição da série.
Nos jogos, Zelda é a reencarnação da deusa Hylia, enquanto Link carrega o espírito do herói escolhido para protegê-la e salvar Hyrule. Essa conexão é mais espiritual e heroica do que romântica, e é exatamente esse tipo de dinâmica que o filme pode explorar.
Possível retorno às origens da franquia
Com um Link mais jovem, o longa pode se inspirar na estética de conto de fadas e fantasia vista em títulos como A Link to the Past, Wind Waker e Ocarina of Time, em vez de adotar um tom sombrio como em Twilight Princess.
Essa abordagem permitiria que o filme transmitisse a verdadeira “sensação Zelda”: a mistura de aventura, descoberta e magia que conquistou gerações de jogadores ao longo de quase 40 anos de franquia.
Benefícios de manter a relação ambígua
Escolher uma relação platônica ou ambígua entre Link e Zelda pode ter várias vantagens:
- Fidelidade aos jogos: respeita a essência da maioria dos títulos.
- Liberdade criativa: abre espaço para múltiplas tramas e personagens.
- Continuidade: facilita a criação de sequências com novas aventuras para o mesmo Link.
Assim como nos jogos Majora’s Mask e Tears of the Kingdom, a ausência de romance explícito não enfraquece a narrativa — pelo contrário, reforça a conexão emocional de outras formas.
Um sinal positivo para os fãs
Ainda é cedo para confirmar o tom do filme, mas a escalação já indica que a equipe por trás da produção entende que Zelda não é apenas uma história de amor. Ao manter o foco no destino e na parceria heroica entre os protagonistas, o longa pode entregar algo mais fiel ao que fez a franquia se tornar um ícone dos videogames.


